É inquestionável que o Linkin Park é uma das maiores bandas da história do rock, e uma das mais influentes também e apesar de ter nascido na geração Nu-Metal, furaram a bolha e romperam há muito esse nicho, sendo uma banda que cativou todo o tipo de ouvinte.
Uma banda assim acabou criando alguns ícones de destaque, verdadeiros heróis, principalmente dois Chester Bennington e Mike Shinoda que são as vozes da banda e por conseguinte a imagem da banda. Entretanto Chester partiu deixando uma lacuna… uma vaga?
O Contexto:
A escolha de um novo vocalista sempre será uma tarefa extremamente difícil, em alguns casos motivando o fim da banda ou um longo hiato como no caso de Blind Melon que retornou uma década depois com outro vocalista, Travis Warren.
O Vocalista para uma banda de rock é algo de suma importância, pois por mais que os demais membros se destaquem o vocal sempre será enxergado como a cara da banda, o rosto, o principal. A mudança de vocalista implica em mudar a sonoridade ou em alguns casos somente o rosto podendo até ser acusado de cover de si mesmo entre outras coisas.
Em todo o caso, a mudança de um vocalista ainda mais um frontman fundador que é o Caso de Chester no Linkin Park, se torna algo extremamente difícil, podendo ocasionar uma colisão entre os fãs que acaba sendo algo bem natural.
A escolhas não são fáceis, encerrar a banda? e acabar com a sua criação, seu sonho, fonte de lucro, ou a esperança que alguns fãs tem de ver a banda novamente?
A Decisão:
A difícil decisão foi tomada, continuar a banda. Dentro das opções que se tem ele escolhe a de dar uma nova cara a banda, a escolha de Mike foi ótima, a banda merecia muito e seus fãs também, o restante dos membros são jovens e ainda tem muito gás, porém, a minha ressalva vai para a nova “roupagem”.
A escolha de um vocal feminino já é uma decisão radical por si só, o que não é algo necessariamente ruim, mas logicamente altera muito, é comum as pessoas usarem os vocalistas das bandas como avatares de suas vidas e representantes, nada de errado com a escolha de uma vocalista feminina, mas a ciência dessa alteração de identidade tem que ser ressaltada.
Outro fator a se considerar que talvez tenha peso maior é a mudança de sonoridade, salvo algumas raras exceções, há grande diferença entre o vocal feminino e o vocal masculino o que implica tanto na identificação quanto no DNA musical. Podemos fazer a mesma experiência imaginando vocais masculinos para Nightwish e Evanescence, o impacto sonoro e de identidade é evidente e inegável.
E é sobre esses dois pontos que não considero a Emily Armstrong apropriada, pois ela não carrega a identidade visual da banda e seu timbre vocal e tonalidade parecem não se encaixar com o som deixado por Chester.
O Argumento de que “eles estão tentando dar uma abordagem nova e não querem um sósia do Chester” não convence, afinal é praticamente obrigatório músicas da fase clássica; Hybrid Theory e Meteora nos shows mostrando como isso é importante tanto para os fãs como pra própria banda.
Em contra partida o Mike Shinoda trouxe para a mesa outra pessoa para o debate a Bonnie Fraser, uma cantora, que fez uma Jam Session com Mike Shinoda e colocou os fãs em alvoroço, ela atendia as diferentes demandas que a banda requeria, ser uma vocalista mulher, questão visual, condizente em tom e timbre com a sonoridade do Linkin Park. O que fez surgir uma outra questão: Por que não?
Talvez por que gostariam de ter uma outra banda, baseada naquela clássica mas uma outra, é mais do que claro que eles querem tomar outro rumo, mas não querem abrir mão da marca.
A nova canção passa uma sonoridade pop rock moderno mais alinhado ao pop do que ao rock de nicho, muito a quem de um Linkin Park tão explorado em shows, mas muito condizente com o timbre de Emily Armstrong.
Fãs fiéis sempre apoiarão, mas nota-se que se trata de outra banda, agora se há necessidade de tocar algo diferente então por que não encerrar o “projeto antigo” e criar por si só algo novo, ao invés de mudar completamente o som, identidade e dividir fãs?
Eu, que ando ouvindo MUITO vocal feminino nos últimos anos (Infected Rain, Jinjer, Spiritbox, 0% Mercury, Future Palace, Ankor, New Years Day, etc etc) achei que poderia ser uma idéia legal.
Mas como nunca parei pra ouvir Linking Park, não faço idéia.
Só acho que o problema é querer “ressuscitar um defunto”. Pra mim é uma banda nova, tentando lidar com o passado. Não tem muito como. Era como o Led Zeppelin tentando tocar com outro baterista.
Nessa fita não tenho opinião formada e não tou a fim de ouvir LP. Ainda tou ouvindo Paradise Lost por causa do último post.
obrigado por comentar meu brother!
Bonnie Fraser era a escolha correta, mas não rolou. Faz parte…
Emily vem se mostrando uma escolha controversa, precisamos de mais tempo para cravar se foi ou não uma boa escolha. O novo álbum “From Zero” vem se mostrando muito bom, com uma nova roupagem mas mantendo a essência da banda. Fazer o que o Chester fez nos álbuns Hybrid Theory, Meteora, Minutes to Midnight e no Living Things é impossível. A escolha banda em apostar com Emily pode ser interpretado como um erro, bom… eu enxergo como coragem!
De fato, os fãs sempre iram pedir os clássicos em shows e eventos da banda, mas é algo que os integrantes do LP terão que conviver. Chester se foi. Nunca haverá outro igual, cabe a nós, fãs da banda, abraçar o futuro e respeitar o passado.
Muito bem ponderado, sim vamos esperar o From Zero que vem em Novembro
Muito obrigado por comentar💪🏽