AC/DC – Do Pior ao Melhor Álbum

A emblemática banda australiana, liderada pelo icônico guitarrista Angus Young, que conquistou o mundo com seu Hard – Rock com influências de Blues dos anos 50’s, sem deixar de ser único,  característico e inconfundível, a banda que é a síntese do puro rock and roll é responsável não só por inspirar muitas bandas posteriores como introduzir muitos jovens ao rock e solidificar assim sua base fiel de fãs.

Meu carinho pelo AC/DC chega a ser pessoal; é a banda favorita do meu irmão,  e uma das minhas favoritas na adolescência, ela consegue ser nostálgica e presente ao mesmo tempo para mim.

Discografia: O AC/DC é a banda da fidelidade suprema de seu próprio som e conhecidos por isso, ou seja, a atenção para avaliar a discografia deles é redobrada, pois exige que se identificam as sutis nuances que tem em cada álbum.

A discografia é coesa, mas a banda é tão linear em sua própria sonoridade ao ponto de ser excepcional para uns e terrível para outros. Dito isso, não diria que tem álbuns ruins, contudo uma grande parte seguindo uma regularidade firme, podendo ser interpretada de forma positiva e negativa.

OBS: O High Voltage que avaliei foi a versão americana que contém o apanhado dos dois primeiros discos.

*Jailbreak não considerei por ser um EP e não estar relacionado em todas as edições de Dirty Deeds, Mas Jailbreak com certeza está na seleção das músicas da banda.

16 – Dirty Deeds Done Dirt Cheap(1976)

Seleção: Problem Child e Dirty Deeds Done Dirt Cheap.

 O álbum cansado da era Bon Scott? seja como for esse álbum não parece impressionar muito, mesmo sob a fórmula AC/DC faltou aquele gás, tendo poucas faixas assertivas.

15 – Powerage(1978)

Seleção: Riff Raff.

Um álbum nada marcante, sem faixas expressivas, apenas o mais do mesmo, algo típico dessa amada banda, porém um pouco abaixo da média em comparação a outros álbuns.

14 – Stif Upper Lip(2000)

Seleção: Meltdown

O álbum fraco da era 00’s, pertencente a prateleira comum da banda, apesar de Meltdown ser uma bela espécime: riff tradicional com um refrão pegajoso, música de alta qualidade, não seria um disco notável da banda

13 – Black Ice(2008)

Seleção: Rock N’ Roll Train.

O álbum que me traz boas lembranças pessoalmente. Ele é levemente melhor que Stiff Lip, lançamento anterior, porém sem a desenvoltura de competir com os grandes álbuns da banda, apesar de ser um prato familiar e agradável para o paladar dos fãs.

12 – Fly On The Wall(1985)

Seleção: Fly On The Wall.

Um álbum sem riscos, os riffs é o mais do mesmo, o que não é necessariamente ruim, mas impede de estar acima em posições, faz qualquer fã da banda ou iniciante vibrar, mas rapidamente seria esquecido ao se ouvir os demais álbuns, a faixa título merece a menção aqui Fly on the Wall, o refrão é um dos que mais gosto da banda, mas nem de longe sustenta o álbum.

11 – For Those About to Rock(1981)

Seleção: For Those About to Rock(We Salute you).

O disco que carregou a terrível pressão de ser o seguinte a obra prima feita apenas um aninho antes.

Cansado e pouco inspirado, esse álbum não impressiona em nada, entretanto carrega uma das maiores e melhores músicas da banda de todos os tempos.

For Those About to Rock(We Salute you) é o hino colossal para preencher arenas que o AC/DC tanto merecia, a força dela quase carrega o álbum inteiro.

10 – Power Up(2020)

Seleção: Through The Mists Of Time e Wild Reputation

ACDC envelhecendo como um vinho, é impressionante ver um disco tão atual de uma banda extremamente longeva superar álbuns mais clássicos.

Faltou alguns detalhes para chegar em Rock or Bust, lançamento anterior, talvez a parte de colocar riffs mais ousados, de qualquer forma é um ACDC em sua boa forma, com canções que merecem sim apreço.

Para os fãs deve ser reconfortante ver a banda lançar ainda material de muita qualidade.

9 – Rock Or Bust(2014)

Seleção: Playball

Surpreendentemente bom, mesmo um álbum novo consegue trazer fresca a alma da banda, com linhas de guitarra que remete aos melhores álbuns da banda, composições mais criativas algo que nenhum álbum dos anos 00’s ainda tinha feito.

O toque de ousadia caiu bem para banda, apesar de curto o álbum está acima da média sem dúvida

8 – Let There Be Rock(1977)

Seleção: Let There Be Rock e Whole Lotta Rosie.

Um álbum mais consistente que a do ano anterior marcado talvez pelas faixas mais rápidas com um quê de agressividade e festividade do estilo mais roqueiro possível. como a faixa título do álbum e a clássica tocada quase obrigatoriamente em todos os shows da banda Whole Lotta Rosie, uma das faixas mais elétricas da banda, e levantadora de multidões nos shows.

7 – Flick of The Switch(1983)

Seleção: Rising Power e Flick of The Switch.

Apesar de não ter mais a produção incrível de Mutt Lange, o lendário produtor de Back in Black, o álbum apresenta uma banda experimentando algumas sequências de riffs diferentes e muito boas, tem muitas faixas de qualidade e sendo melhor que o lançamento anterior da banda, a música título do álbum, é o destaque, é um álbum sólido da banda no moldes ACDC. A faixa que abre o álbum tem um refrão que sempre gostei, Rising Power.

6 – High Voltage(1976)

Seleção:It’s a Long Way to the Top(If You Wanna Rock ‘n’ Roll), T.N.T., Can I Sit Next to You Girl e Little Lover.

A edição americana traz uma compilação dos dois primeiros álbuns do ACDC lançados na Austrália, percebe-se que os anos antes de lançar o primeiro álbum fez bem a banda, tinha muita autenticidade carregada nessas faixas e sua marca registrada já se encontrava nesse lançamento, a coletânea foi muito bem organizada.

5 – Ballbreaker(1995)

Seleção: Hail Caesar

A banda investe em menos velocidade e riffs mais estendidos, executado com primazia e uma proposta bem definida.

Muita das vezes nota-se a influência do blues que são parte de suas inspirações um som que lembra ao começo da carreira, como por exemplo Boogie Man é um álbum que tem bastante mérito.

O que não impede de ter músicas que são verdadeiros socos de peso e gritos de guerra como Hail Caesar, que é um verdadeiro som de arena.

4 – The Razors Edge(1990)

Seleção: Thunderstruck, Money Talks e Are You Ready?

O Álbum abre com a esmagadora Thunderstruck, um dos maiores riffs da história do rock com certeza, absolutamente inconfundível. Contém a inigualável Money Talks em sequência, mostrando o poderio do lançamento de 1990.

O álbum é conciso na melhor performance AC/DC, sem muitos riscos, mas executando de forma primorosa sua maneira característica de fazer rock, satisfazendo completamente os fãs e trazendo alguns super hits para os roqueiros a fora.

3 – Blow Up Your Vídeo(1988)

Seleção: Heatseeker, Kissin’ Dynamite, Nick of Time e That’s  the Way I Wanna Rock ‘n’ Roll.

O Melhor álbum da fase oitentista(com exceção de Back in Black, é claro) a produção dá mais corpo e volume pra banda no ponto que o AC/DC mais precisava para refinar ainda mais o som deles, é como se eles capturaram o som hard rock oitentista que eles mesmo ajudaram a criar e fizessem sua própria releitura dentro de seu estilo, a faixa de abertura Heatseeker já seria um bom exemplo dessa abordagem bem sucedida.

As composições apresentam a banda com uma cadencia já vista em outros álbuns, porém muito bem executado aqui e com uniformidade, os solos em sinergia com a canção, os Riffs e linhas de guitarra tem suas particularidades únicas. Um bom Exemplo disso seria Kissin’ Dynamite e That’s  the Way I Wanna Rock ‘n’ Roll.

2 – Highway to Hell(1979) 

Seleção: Highway to Hell, Get it Hot, Touch too Much, Walk All Over You e Beating Around the Bush.

O melhor álbum da fase Bon Scott, ele tem um valor especial por diversos motivos, fora a inspiração que rendeu verdadeiros hinos pro rock como a faixa título, o disco conta com uma produção excepcional.

experimentações e uma cadência que seria um precursora do hard rock oitentista, mas tudo sob a fórmula AC/DC como Get it Hot e principalmente em Touch too Much que soa a frente de seu tempo.

1 – Back in Black(1980)

Seleção: Back in Black, Hells Bells, Let Me Put My Love Into You, What Do You Do For Mone Honey, Givin the Dog a Bone, Shake a Leg, Shoot to Thrill e You Shook Me All Night Long.

O Primeiro lugar não é surpreendente, não poderia ser diferente para um dos discos mais vendidos de todos os tempos.

Este álbum é irrepreensível, uma verdadeira explosão fonográfica que abalou consideravelmente a forma de fazer rock, com certeza a síntese do Hard rock oitentista está nessa obra, como Shoot to thrill e You shook me all Night long, todas as faixas praticamente desse álbum são hits tremendamente conhecidos que falam por si só, mas Hells Bells e Let me Put tem algo especial por ter uma tensão única que se estende dando maior poder ao clímax.

4 comentários em “AC/DC – Do Pior ao Melhor Álbum”

  1. Uma vez assisti uma palestra do Angeli e perguntaram para ele se o Glauco Villas Boas não era meio picareta pois, segundo a pessoa que perguntou, “Glauco faz tudo sempre igual”. O Angeli respondeu na lata “cara, e você acha que isso é fácil?”
    Eu penso isso de alguns artistas e o AC/DC me parece bem isso.
    A proposta não mudou nem o som deles. Análise mega difícil!

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