Led Zeppelin – Do Pior ao Melhor Álbum

A lendária banda britânica, dispensa apresentações, mas para aqueles que apenas o conhecem de nome, o Led Zeppelin seria a reunião dos melhores músicos de suas respectivas áreas em total sinergia, absurdamente inspirados e no ponto máximo de criatividade; resultando numa das melhores discografias da história do rock.

A banda é completa; vão desde de um rock eletrizante a leves harmonias de violão, não é absurdo algum considerá-los a melhor banda de todos os tempos.

A discografia é sólida, com ressalvas de que há um álbum bem abaixo do crivo elevadíssimo deles, entretanto em todos os discos têm ao menos uma faixa marcante.

8 – In Through the Out Door (1979)

Seleção: All My Love

Este álbum é o único de fato ruim do Led Zeppelin, carece de vontade e energia, demonstrando talvez o desgaste e a saturação de seus membros, o uso dos sintetizadores parece engolir toda a sonoridade característica da banda, dito isso, All My Love está entre as melhores canções do Led Zeppelin sem dúvidas.

7 – Presence (1976)

Seleção: Candy Store Rock

O disco cansado do Led, depois do lançamento explosivo e inspirador do ano anterior, faltou aquela criatividade marcante e impetuosa da banda. No geral é um álbum razoável, entretanto comparar aos outros se torna bem fraco, as faixas aqui têm dificuldade pra entrar na seleta prateleira da banda.

 

06 – Led Zeppelin I (1969)

Seleção: Dazed e Confused

O álbum embrionário do Led, um discaço de rock, formidável, ele só não consegue uma posição mais alta pela excepcional qualidade dos álbuns seguintes, apresenta um enrijecimento se comparado aos demais da discografia, o som ainda muito semelhante aos seus pares da época, mas com muita competência. Dazed e Confused ainda assim é a premissa do que seria a banda.

05 – Led Zeppelin III (1970)

Seleção: Immigrant Song, Celebration Day e Tangerine

Led Zeppelin 3 Já abre mostrando todo o seu poder com uma bomba que é Immigrant Song e Celebration Day que é uma amostra puríssima da essência do Led, aqui nesse álbum eles estão totalmente em seu estilo, criativos e totalmente em sua casa sonora, extraordinário e apesar de amar Tangerine, não sou muito fã do lado b do disco, creio ser um pouco disforme pra um álbum que abre com tanto vigor.

04 – Led Zeppelin II (1969)

Seleção: Heartbreaker, The Lemon Song, Rumble On, Thank You e Moby Dick

Um fortíssimo álbum de rock apresenta a banda saindo do blues e de sons mais “tímidos” para músicas mais elaboradas com ótimos riffs, como Heartbreaker e The Lemon Song. Uma consistência na execução das canções, dentro desse álbum estão vários clássicos eternos do rock. O disco inteiro é excepcional, quase impossível tirar alguma faixa da seleção.

03 – Led Zeppelin IV (1971)

Seleção: Black Dog, Rock and Roll, Stairway to Heaven, Misty Mountain Hop e Going To California

Nada como Black Dog pra abrir este banquete sonoro e a enérgica Rock and Roll para manter a consistência. Led Zeppelin IV muito provável ser a Capela Sistina do rock, o álbum ainda contém a virtuosíssima Stairway to Heaven, a ópera rock transcendental e Misty Mountain Hop é uma excelente representante de sua época.

Tem a velocidade, o peso, a desenvoltura e leveza poética tudo em um só álbum, é praticamente o disco perfeito, deixar qualquer música de fora é um sacrifício.

02 – Houses of the Holy (1973)

Seleção: The Rain Song, No Quarter, Over the Hills and Far Away, Dancing Days e The Ocean

É o álbum mais eclético da banda, desde um folk como The Song Remains the Same, D’yer Mak’er versão reggae da banda, a psicodélica No Quarter e ainda uma experimentação funk rock com The Crunge depois da  imersiva The Rain Song, trazendo a áurea lírica e poética da banda.

Over the Hills and Far Away parece ser aquele despertar depois de uma boa meditação, Dancing Days e The Ocean são as faixas com uma essência total Led Zeppelin, fortes riffs envolventes e uma execução habilidosa de cada membro. Esta obra se torna especial por mostrar a banda em diferentes segmentos musicais e além de uma execução boa respectivamente todas contém a essência da banda.

01 –Physical Graffiti (1975)

Seleção: The Rover, In My Mime of Dying, Trampled Under Foot, Ten Years Gone, Down by the Seaside, Houses of Holy, Kashmir e Sick Again

O álbum é simplesmente um obra intocável da música, completíssimo. Em cada faixa há composições inspiradoras e musicalmente consistentes, a produção trouxe o melhor de cada músico ali, uma obra sólida; facilmente argumentável sobre ser o G.O.A.T dos álbuns de rock de todos os tempos.

The Rover traz aquele rock autêntico do Led com guitarras que parecem deslizar no céu, forte e ainda sim bem melodiosa na parte do refrão, In My Mime of Dying é uma expressão em sua completude do que é o Led Zeppelin, Houses of Holy, Kashmir e Sick Again são clássicos estrondosos e absolutos para todo o rock.

5 comentários em “Led Zeppelin – Do Pior ao Melhor Álbum”

  1. Deeeeesde o Big Bang que é consenso total intergalático que os melhores álbuns são o II e o III com um empate que deu outro Big Bang na música Hard / Heavy. Pra mim é indiscutível que o Primeiro Álbum é meio que um preparo para o que veio a seguir e que foi um encontro sobrenatural de 4 músicos e compositores absurdamente fodásticos e experimentadores. Como eu também enjoei da Stairway to Heaven (eu digo “eu também” porque já ouvi isso de muita gente – e talvez esse “enjoar” tenha me levado a ter uma diretriz de sempre buscar renovar o repertório de escuta) eu considero o IV um pouco inferior (minha favorita sempre será 4 Sticks).
    Minha percepção do Led (que eu não escuto mais, há décadas) sempre foi que a carreira deles foi explosiva (Big Bang, lembra?) e declinou depois do IV ou Houses of the Holy.
    Pra mim, sempre foi: os 5 primeiros e depois o resto. Resto mesmo.
    Não que sejam ÁLBUNS ruins.
    Pra mim foi um crescendo e um “decrescendo”. Uma Curva de Gauss.
    Kashmir é uma das músicas mais inesquecíveis da minha vida, mas sempre senti que do Houses of the Holy pra frente, foram músicas expressivas, vivas, intensas, mergulhadas em composições de pouca inspiração. Talvez tenha caído no dilema dos Grandes Grupos que viveram o ocaso criativo.
    Tudo acabou com a passagem do Bonham.
    Os quatro eram Um.
    E acabou. Igual o Chaves: ficou congelado, fossilizado, sei lá o que.
    Resumindo, eu insisto: no meu gosto musical 5 albuns absurdos e 5 meio estranhos. E no pódio, II e III, que pra mim são quase que uma extensão, quase um continuum.
    Uma banda histórica, sensacional, que eu ouvi tanto que até enjoei.
    A vida é estranha.

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    • Melhor análise que essa impossível, do Led 4 ouvi de outras pessoas também esse carinho por Four Sticks. Que legal você enxergar eles como um Big Bang, uma explosão de proporções universais, e sobre enjoar, a música muita das vezes tem esse caráter é cíclico mesmo. quem sabe em breve você não faz um ciclo revivendo clássicos há muito adormecidos.

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      • Quando eu tinha uns vinte e poucos eu ia falar GOING TO CALIFORNIA, sem dúvida, mas acho que FOUR STICKS foi a que mais me marcou. Ao menos, penso isso hoje aos 50. E STAIRWAY tocou demais, ficou batida… é uma baita composição, mas aconteceu isso… Não sei nem se é isso que o Robert Plant se recusou a tocá-la por tanto tempo.

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